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Foto do escritorGabriel Monteiro

Domínio Público e as possibilidades

As obras que entram em domínio público são aquelas que passam a ter condição de não possuir direito autoral. Ou seja, elas passam a ser de livre uso para todas as pessoas de forma gratuita. Assim, uma obra em domínio público pode ser adaptada para novos textos, filmes, imagens, áudios, etc.


A condição para que uma obra entre em tal domínio é que, nos países signatários da Convenção de Berna, tenha se passado 70 anos do falecimento do autor original de forma que esse deixará de possuir apenas os direitos patrimoniais (de uso) mas sempre deverá ser citado graças aos seus direitos morais (de criação da obra).


No Brasil o domínio público começa a valer no ano seguinte ao que completa 70 anos. Assim, se 70 anos do falecimento de Monteiro Lobato são marcados em 2018, já em 1 de janeiro de 2019 suas obras entram juridicamente em domínio público.


Tal situação possibilita que a partir de obras, grandes ou pequenas, de diversos autores sejam usadas nas mais variadas reformulações, desde de reúso ou uma nova obra a partir dela, como é o caso do áudio, que é uma leitura do poema Liberdade, da obra de Cancioneiro de Fernando Pessoa:


https://soundcloud.com/natfilios/liberdade-da-obra-cancioneiro-fernando-pessoa


Liberdade

Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. Sol doira Sem literatura O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D.Sebastião, Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca...


Outro exemplo é o Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa, recitado por Osmar Prado na novela O Clone, de 2002, da Rede Globo:


Outras formas:






As interpretações podem surgir das mais variadas artes, como a que foi feita por Maurício de Souza da Monalisa de Leonardo da Vinci;









É possível encontrar até cantigas de roda brasileiras, como Atirei o Pau no Gato, reproduzida e vendida por diversas empresas.

https://soundcloud.com/natfilios/atirei-o-pau-no-gato


Ou o polêmico texto de Hitler, "minha luta", que foi reinterpretado por Yuri Lima em seu site Agora História




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